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Sociedade
Tomás Dentinho, no ciclo de debates “Praia da Vitória 2013-2020”, “Praia da Vitória tem de decidir em que setores pode ser excelente e é nesses que deve investir”
30 maio 2013

A Praia da Vitória, a Terceira e os Açores têm de decidir em que é que são bons e em que setores querem ser bons e apostar nessas áreas, com estratégias credíveis de crescimento. Além disso, a viabilidade e rentabilidade dos investimentos deve ser uma preocupação constante de quem os promove e de quem os apoia. Estas foram as tónicas da intervenção do professor universitário Tomás Dentinho no terceiro debate do ciclo que a Câmara Municipal da Praia da Vitória está a promover para discutir estratégias de desenvolvimento para o Concelho no período 2013-2020.

No encontro, onde se debateu Economia e Emprego - que decorreu no final da tarde de quarta-feira, 29, o economista defendeu que é urgente que cada área defina as áreas onde quer investir, sem condicionar o seu desenvolvimento a atuais ou futuros apoios financeiros.

“Por exemplo, não devemos dizer à União Europeia que queremos mais dinheiro. Devemos é dizer-lhes que queremos mais mar. Ou seja, devemos saber em que áreas somos bons e devemos investir nelas”, sublinhou.

“E aqui somos bons na produção agrícola, no mar e na logística”, destacou.

Tomás Dentinho argumentou também que a dependência de apoios governamentais tem cortado a capacidade de risco e avaliação permanente de muitos empresários e empreendedores, estando muitos destes acomodados ao regime vigente.

“Muitos investimentos foram realizados numa lógica de fornecimento interno, sem uma permanente preocupação com as oscilações da procura ou com a permanente busca de novas soluções, lendo-se o mercado e antecipando constrangimentos. Agora, que vivemos uma situação de crise, percebe-se que o nosso tecido empresarial falhou nessa condição essencial para o sucesso: antecipar as coisas e preocupar-se permanentemente em avaliar resultados e implementar estratégias que garantam a rentabilidade dos investimentos”, explicou.

“Durante séculos, soubemos ir buscar o ouro às colónias. Nas últimas décadas, o nosso ouro foi a União Europeia. Acomodamo-nos a esse estilo de vida em vez de aproveitarmos os apoios para crescer, para consolidar mercados, para exportar. E o setor público embarcou nessa realidade”, argumentou Tomás Dentinho.

“É fundamental alterar esta mentalidade. Sei que é uma mudança difícil. Mas sem essa mudança estaremos, daqui a uns anos, a experienciar idêntica situação à atual. E o setor público deve libertar a iniciativa privada, assim como deve pôr fim às rendas e aos monopólios”, defendeu, perante uma plateia de empresários, responsáveis e técnicos municipais e governamentais.

Por seu turno, Lara Martinho, da SDEA – Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores, apresentou os propósitos do organismo e os vários programas de apoio ao tecido empresarial previstos ou já em execução.

Sublinhou também a cultura da instituição para o apoio e acompanhamento permanentes dos investidores e empreendedores e realçou que os vários programas de apoio devem ser vistos como um incentivo ao início ou reforço da atividade e não como forma de rentabilizar os investimentos.

“Muitas vezes acusa-se o setor público de apoiar, tendo contribuído para um ciclo vicioso que inquina a iniciativa e o empreendedorismo. No entanto, acredito que estes apoios devem funcionar como incentivos para o começo de um projeto ou para a superação de uma fase menos boa numa empresa. É esta a nossa lógica de atuação. Além disso, queremos ser um parceiro, um facilitador e não um entrave”, explicou.

O ciclo de debates “Praia da Vitória – estratégias de desenvolvimento 2013-2020” continua na sexta-feira, 31, às 14h45, nos Paços do Concelho, subordinado ao tema “Sociedade e Apoio Social”. Serão oradores Paula Ramos, do IDSA, (“Apoio às famílias em tempo de crise: como decidir e explicar as escolas?”), um representante da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória (Os desafios das IPSS’s com competências sociais apenas sustentadas por fundos públicos”) e um representante do Lar D. Pedro V (“Os desafios e oportunidades das IPSS’s com competências sociais públicas e privadas”). O debate será moderado pelo vereador Paulo Messias.

Gabinete de Comunicação.

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