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Sociedade
Desafio do presidente da Câmara da Praia na abertura das VII Jornadas Agrícolas, Grupo de trabalho deve definir oportunidades de exportação para produtos agrícolas e logísticas associadas
24 março 2014

O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória desafia as várias entidades intervenientes do setor agrícola, das associações de produtores ao Governo Regional, incluindo o Município, a criarem um grupo de trabalho que apresente uma proposta concreta sobre oportunidades de exportação para os produtos agrícolas.

O desafio de Roberto Monteiro foi deixado na sessão de abertura das VII Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória, que decorreram no último fim-de-semana no Salão Cultural do Porto Martins. Aos presentes, o autarca explicou que nesta proposta deve estar também analisada a logística necessária a essas exportações.

“É um desafio que deixo a todos nós, no sentido de serem definidos objetivos regionais e locais que permitam, simultaneamente, reduzirmos a nossa dependência alimentar das importações e aumentar as nossas exportações, chegando a novos mercados, garantindo maiores rendimentos e, por essa via, contribuindo decisivamente para a criação de mais emprego”, explicou o presidente da edilidade praiense.

Nesta intervenção, Roberto Monteiro sublinhou os desafios que, em seu entender, devem nortear o setor agrícola: certificação para chegar a novos mercados; potenciar investimentos externos no setor; e criar empresas e emprego sustentáveis.

“A qualidade é a mais-valia que temos e que devemos potenciar. Ganhar escala através da associação e união dos produtores é outra medida que não pode ser descurada. E partilhar informações e conhecimentos. São medidas que temos de continuar a perseguir”, argumentou.

“Além disso, é fundamental procurarmos o compromisso de tratar a agricultura não apenas no contexto da competitividade, mas também na ótica da sua importância social. Este compromisso deve ser procurado em cooperação com as cadeias comerciais regionais”, defendeu.

“A comercialização tem sido o nosso calcanhar de Aquiles. Para colmatarmos este problema, devemos desenvolver empresas capazes de garantir a compra da produção aos agricultores e, simultaneamente, fornecer os produtos às cadeias de distribuição nas condições requeridas pelos mercados de destino”, sublinhou ainda.

“Ano após ano, temos promovido este encontro porque acreditamos na sua importância para a partilha de informação, para a união dos agentes agrícolas e para o reforço da competitividade e qualidade das nossas produções agrícolas. São estes motes que têm orientado e continuam a orientar este evento. Acreditamos que do encontro podem sair soluções e diagnósticos integrados, que beneficiam significativamente o nosso setor agrícola”, concluiu Roberto Monteiro.

Ideias finais

As VII Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória decorrem de 21 a 23 no Salão Cultural do Porto Martins, reunindo em três noites de debates várias dezenas de empresários agrícolas (da agropecuária à produção hortícola, frutícola e florícola).

Na sessão de encerramento, que decorreu na noite de domingo, 23, a vice-presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Paula Ramos, sintetizou as principais ideias veiculadas nos debates.

“Não são conclusões oficiais do encontro, é certo; mas, em boa verdade, concentram as principais ideias veiculadas quer nas intervenções dos oradores quer nas questões e observações feitas pela assistência”, ressalvou a responsável municipal.

“A união faz a força. Esta é, para nós, a principal certeza aqui sublinhada recorrentemente. Se cada produtor estiver associado a uma organização que o represente ganhará, sem sombra de dúvida, maior voz, maior peso negocial, maior capacidade de ver as suas reivindicações atendidas”, começou por fixar.

“O que vem de fora tem de estar submetido às mesmas regras do que produzimos. A nossa produção agrícola encontra-se num mercado aberto, mundial e globalizado. Esta realidade será ainda mais evidente com o fim das quotas leiteiras. Mas é fundamental que as instituições europeias, nacionais e regionais desenvolvam todos os esforços para que a concorrência se faça de forma justa. Diferenciar as regras é introduzir e potenciar a injustiça. E a produção não pode alhear-se do consumo. A afirmação é uma evidência, mas, contrariamente ao esperado, ainda persiste em não vingar. Quando, há instantes, sublinhava a importância da organização dos produtores, fazia-o também pela convicção de que as nossas produções agrícolas terão maior sucesso se responderem aos desejos dos consumidores. Por isso, a planificação e organização das produções e dos produtores, a análise dos mercados e a potenciação da adaptabilidade eficiente às novas exigências são condições essenciais para a nova etapa do setor agrícola insular”, formulou Paula Ramos.

Para a vice-presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, outra das ideias extraídas dos debates é que “a investigação e a informação são ferramentas centrais no sucesso das explorações agrícolas”.

“Ao longo dos anos, quer através da Universidade dos Açores quer dos Serviços de Desenvolvimento Agrário quer que outras organizações, o conhecimento e a informação sobre as práticas agrícolas evoluíram consideravelmente. Mas é imprescindível continuarmos nesse caminho. E mais importante é os produtores estarem sensibilizados para esta vertente”, explicou.

“O próximo pacote financeiro da União Europeia para a Agricultura, inclusivamente, evidencia esta tendência. As várias intervenções técnicas que aqui aconteceram deixaram claro que um produtor informado e atualizado tem maiores probabilidades de garantir maior rendimento para a sua exploração”, complementou.

“Os Açores transpiram capital agrícola multifuncional. A frase foi aqui proferida pela presidente da Bioazórica. É uma evidência que não devemos esconder. A especialização produtiva tem benefícios, é certo. Mas hoje, em que já se provou que a dependência e a fragilidade numa só cultura amplificam o risco de falhanço, é fundamental que a nossa Agricultura seja capaz de recuperar a multifuncionalidade e a diversificação produtiva que era característica das anteriores gerações. Concentrar todos os recursos numa só cultura pode ser fatal. Aproveitar outros caminhos – mesmo que em pequena escala – é ampliar a sustentabilidade e a rentabilidade das explorações”, afirmou.

“A produção agrícola na Região tem características únicas. E estas são essenciais à nossa diferenciação nos mercados, sobretudo externos. A qualidade deve ser o nosso principal objetivo, porque não conseguiremos nunca vencer na quantidade. Nem o devemos querer! Valorizar as nossas boas práticas produtivas, a consciência ambiental dos nossos produtores, e procurar estratégias que introduzam valor acrescentado ao que produzimos – quer através de parcerias internas quer de parcerias externas – é um percurso que, certamente, garantirá maior rendimento”, defendeu.

Para a autarca, “produção, Indústria e Comercialização não podem ser inimigas”.

“É fundamental que toda a cadeia produtiva reme para o mesmo lado. E quando não o fizer, os restantes parceiros devem ter a capacidade de recentrar agulhas. Para tal, a união é fundamental”, sublinhou.

“O Município da Praia da Vitória acredita que o setor agrícola é determinante para o desenvolvimento do Concelho, da Ilha e da Região; o Município da Praia da Vitória acredita que através dele é possível inverter o flagelo do desemprego; o Município da Praia da Vitória acredita que a nossa Agricultura – assente em modelos próprios que importam e adaptam o que de melhor se faz no mundo, sem seguir acefalamente tendências – será determinante neste Concelho e neste arquipélago. Acreditamos porque para nós é evidente a capacidade lutadora dos nossos produtores agrícolas. Para nós, cada um de vós é um exemplo de sucesso, porque, contra todas as adversidades, têm arregaçado mangas e lutado por um futuro melhor. O nosso compromisso é que estamos e sempre estaremos ao vosso lado”, finalizou.

Gabinete de Comunicação.

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